promessas de liberdade
dia internacional da imprensa [24 de setembro]
O termo “imprensa” deriva da palavra “prensa”. Este termo,
por sua vez, deriva de “prensa móvel”, processo técnico aperfeiçoado por
Johannes Guttenberg no século XV. A prensa móvel foi usada, a partir do século
XVIII para imprimir jornais.
Hoje em dia, o termo “imprensa” designa o conjunto de
publicações que têm uma função dominantemente informativa, como os jornais. Com
o desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação, os jornais
passaram também a ser difundidos através da rádio e da televisão e, hoje em
dia, uma parte significativa dos jornais têm edições em linha. Apesar disso, o
termo imprensa continua a ser utilizado.
Museu da Imprensa - Porto |
Nas sociedades democráticas, a imprensa tem um importante
papel no desenvolvimento de uma opinião pública esclarecida. Sendo a democracia
um espaço onde o povo exerce o poder através da palavra, e sendo a palavra a
única forma de gerar o consenso em direção ao maior bem comum, a palavra deve
ser esclarecida, isto é, fundamentada. Ao informar, ao veicular notícias que
permitam ao cidadão compreender os diferentes fenómenos que o rodeiam, a
imprensa tem um papel decisivo na intervenção que os indivíduos podem fazer em
sociedade. Não será por acaso que os governos totalitários se esforçam por
suprir ou controlar a imprensa.
Com as tecnologias da comunicação em rede, a imprensa
adquire novas dimensões. Por um lado, aumenta extraordinariamente a
possibilidade de acedermos a um número quase infinito de publicações. Dominando
um pouco da língua inglesa ou espanhola, qualquer cidadão do mundo pode
manter-se a par do que se passa em muitos países dos cinco continentes. Basta
para isso ler alguns artigos dos jornais mais influentes de cada país / região.
Esta possibilidade, por sua vez, com a entrada da imprensa nas redes sociais e
com os diretórios de arquivo e seleção dos artigos jornalísticos, é aumentada
exponencialmente.
Por outro lado, os cidadãos podem hoje interagir com as
notícias, comentando. A reação dos leitores às notícias pode, por sua vez,
tornar-se notícia. Vejamos a notícia de que o cientista João Magueijo,
professor numa universidade em Londres, publicou um livro com um retrato pouco lisonjeiro
dos ingleses. Os comentários na página do jornal que publicou a notícia foram
de tal monta que se tornaram, eles próprios assunto jornalístico.
Houve quem profetizasse que a imprensa terminaria com o
aparecimento da www. É certo que a venda de jornais em papel diminuiu drasticamente
e que muitos jornais deixaram simplesmente de ser editados em papel. Mas, isso
não significa que não tenha aumentado o número de leitores. Pensamos que ainda
há razões para evocar e celebrar o dia da imprensa.
Como evocação, sugerimos uma visita, local ou virtual, ao
Museu da Imprensa, no Porto.
Isabel Bernardo
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