“Jane Eyre”, de Charlotte Bronté


... a ler


Neste livro, é-nos contada uma história de vida na primeira pessoa, passada numa época à qual os historiadores chamam a “era vitoriana”: a história de Jane Eyre.

Filha de um pastor anglicano pobre e de uma aristocrata que, para casar, teve que renunciar aos direitos que a sua posição social lhe oferecia, Jane ficou órfã em bebé, tendo sido acolhida por um irmão da mãe – Mr. Reed – que a estimava bastante e fazia o possível para que a sobrinha estivesse integrada na família. Passados alguns anos, Mr. Reed morre e deixa a sobrinha aos cuidados da sua esposa, que a detesta imensamente e a obriga a trabalhar com as criadas da casa.

Aos dez anos, e após uma grande discussão com a tia, Jane ingressa em Lowood, um colégio que acolhe órfãs e que as prepara para serem criadas, impondo-lhes regras que, já naquele tempo, eram completamente absurdas. Jane permaneceu nesse colégio durante oito anos – seis como aluna e dois como professora – até que encontrou um novo emprego: ser perceptora de uma menina em Thornfield Hall, uma propriedade pertencente a um homem chamado Edward Rochester, por quem Jane nutre uma paixão que quase culmina em casamento: não fosse o homem da sua vida casado com Bertha Mason, uma louca que lhe tivera sido imposta pelo pai para que não ficasse pobre. Quando Jane, no altar, recebe a notícia, decide fugir e esquecer Edward, partindo à socapa e sem destino.

Depois de alguns dias sem abrigo, Jane encontra a casa de uma família composta por um pastor anglicano e as suas duas irmãs, que a acolhem como se fosse da família, facto que se veio a confirmar quando Jane descobre que está rica devido a uma herança deixada por um tio que vivia na Madeira. Após dividir a herança pelos recém-descobertos primos e recusar casar-se com o primo pastor, Jane volta a Thornfield para saber notícias de Edward. Quando chega, descobre que o homem da sua vida está cego e amputado num dos braços; porém, não hesita em casar com ele, acabando a sua narrativa com o relato do casamento, do nascimento do primeiro filho e do desfecho das outras personagens.

Pessoalmente, acho este livro fantástico: à medida que o ia lendo, fez-me pensar no papel das mulheres nesta altura da história e na irreverência que era necessária para agir contra a corrente, deixando a razão de parte para poder viver o amor de forma plena e, deste modo, ser feliz.


Diana Cruz, 12ª LH

Comentários

Mensagens populares