António Tavares, vencedor do prémio Leya 2015
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Fig. 1 - o autor, António Tavares |
António Tavares, nasceu em 1960 em Angola. Em 1975, durante
o processo de descolonização, mudou-se para Portugal e viveu em várias cidades
portuguesas. Formou-se, pela Universidade de Coimbra, em Direito e é
Pós-graduado em Direito da Comunicação. Foi professor do ensino secundário, mas
exerce atualmente o cargo de vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da
Foz. Foi jornalista, fundador e diretor do jornal regional “A Linha do
Oeste” e fundou e coordenou a revista “Litorais”.
Começou a escrever romances aos 52 anos e as suas obras têm
sido reconhecidas: em 2013 obteve uma menção honrosa no prémio Alves Redol,
atribuída ao romance “O Tempo Adormeceu sob o Sol da Tarde”, e foi finalista do
Prémio Leya 2013 com a obra “As Palavras Que Me Deverão Guiar Um Dia”, posteriormente
galardoado no Festival do Primeiro Romance em Chambéry, em França, e finalista
do Prémio Fernando Namora.
Escreveu peças de teatro, designadamente "Trilogia da
arte de matar", "Gémeos 6" e "O menino rei". Na área
de ensaio, assinou "Luís Cajão, o homem e o escritor",
"Arquétipos e mitos da psicologia social figueirense", "Redondo
Júnior e o Teatro", entre outros.
Em 2015, graças ao romance inédito "O Coro dos
Defuntos", foi vencedor do Prémio Leya.
Sinopse
“Vivem-se tempos de grandes avanços e convulsões: os
estudantes manifestam-se nas ruas de Paris e, em Memphis, é assassinado o negro
que tinha um sonho; transplanta-se um coração humano e o homem pisa a Lua;
somam-se as baixas americanas no Vietname e a inseminação artificial dá os
primeiros passos.”
Porém, numa pequena aldeia beirã, “os habitantes,
profundamente ligados à natureza, preocupam-se sobretudo com a falta de chuva e
as colheitas, a praga do míldio e a vindima; e na taberna – espécie de divã
freudiano do lugar – é disso que falam, até porque os jornais que ali chegam
são apenas os que embrulham as bogas do Júlio Peixeiro.
E, mesmo assim, passam-se por ali coisas muito estranhas:
uma velha prostituta é estrangulada, o suposto assassino some-se dentro de um
penedo, a rapariga casta que colecciona santinhos sofre uma inesperada
metamorfose, e a parteira, que também é bruxa, sonha com o ditador a cair da
cadeira e vê crescer-lhe, qual hematoma, um enorme cravo vermelho dentro da
cabeça.”
Segundo fonte editorial, lemos neste romance o mundo rural
português entre 1968 e 1974.
Leonilde Rodrigues
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