A importância de tratar/ chamar as pessoas pelo nome
A propósito do dia do nome
Filipa, Josefa, Adelaide,
Constança, Ana, Afonso, Gonçalo, André, Pedro, Filipe, Maria, Madalena, Inês,
Soledade, Amadeu, António, Beatriz, Alexandre, Miguel, Felicidade, Teresa,
José, Carlos, Joaquim, Nuno, Rui, Cátia, Ana, Marta, David, Bruno, Diogo,
Duarte, Luísa, Joaquina, Guilherme, Tiago, Mafalda, Vanessa… são alguns nomes
ou sobrenomes da língua portuguesa, uns mais recentes, outros mais antigos.
Todos nós temos alguém que passa nas nossas vidas com nomes como estes ou
combinações destes, algo do género ou não. Há também aquelas que, por algum
motivo, se tornam importantes, se fazem conhecer e com quem acabamos por ter
certas relações de proximidade ou, pelo contrário, podemos saber o seu nome e
nem lhes falarmos.
Mas, afinal, qual é a
importância de tratar alguém pelo nome?
No meu ponto de vista, muita
é essa importância porque são enormes os grupos de pessoas que se encontram em
escolas, no trabalho, centros comercias, zonas públicas de convívio. Nesses
locais, encontramos, ou não, pessoas com quem nos damos bem, de quem não
gostamos, de que sabemos só o nome, não conhecemos ou outras categorias de
inserção das pessoas à nossa volta.
E efetivamente tratar alguém
pelo seu nome tem benefícios nas relações interpessoais. Chamar alguém pelo seu
nome acaba talvez por nos aproximar; permite que o outro não seja só uma pessoa,
mas sim aquela pessoa; o sujeito que era desconhecido e ao qual acabo
por atribuir uma distinção (sim, porque afinal o nome distingue-nos) agora
passa a ser a pessoa que chamo pelo nome, porque a conheço e sei que será assim
ou não; passo a conhecer um pouco desse ser e, numa multidão, já não é só um
rosto, é um nome, um alguém, um ser.
Saber o nome dos outros
permite que os possamos tratar com uma certa aproximação. Não sendo só uma
cara, agora esse rosto tem nome, tem identificação passível de ser utilizada,
mas, no fundo, um rótulo, tal como nos supermercados atribuímos rótulos aos
produtos. Um nome, no meu ponto de vista, é parte de um rótulo, rótulo esse que
nos caracteriza e identifica como pessoa.
Na minha vida já me cruzei
com variados seres de diferentes raças e etnias, provavelmente como todos nós
e, naturalmente procuramos saber o nome desses - quando não há apenas um
cruzamento ocasional - e, se não formos muito esquecidos, identificá-lo-emos
daí para a frente.
Ora, se disser Edgar, alguns
lembrar-se-ão de Edgar Allan Poe; se disser Afonso, muitos se lembrarão do
nosso primeiro rei; Gil talvez atribuamos a Gil Vicente, Cristiano, ao Ronaldo;
Fernando, ao escritor Fernando Pessoa; Vasco, a Vasco da Gama; Marcelo, ao
professor Marcelo, nosso atual Presidente da República; Abel atribuiremos a
Abel Salazar. Então, e se for António, Orlando, Pedro, Manuel, Carlos, Rosa,
Vanessa, Nélson, Rui, Belmiro, Camilo, Florbela, Amália? Todos eles nos
lembrarão uma figura pública, a todos estes nomes associaremos alguém ou que é
conhecido ou que nos marcou pessoalmente ou simplesmente um nome de um amigo,
de um familiar, de uma personagem daquele livro que lemos ou filme que vimos;
um nome já ouvido e ao qual talvez de momento não associemos ninguém.
Porém, um nome acaba por nos
marcar porque se conhecemos um individuo, de que não gostamos, com esse nome já
não lhe achamos tanta graça; ou, se pelo contrário, admirarmos alguém com esse
nome talvez já queiramos atribuí-lo aos nossos filhos.
Ao longo dos tempos as
pessoas acabaram por atribuir certas qualidades a determinados nomes ou até
achar que temos mais cara de outro nome que não o nosso ou, pelo contrário, que
este nos "encaixa que nem uma luva".
A entoação que se dá a um
nome, a forma como se diz ou por quem é dito difere, obviamente. Contudo, se a
nossa mãe nos chama daquela maneira que nós já sabemos de cor, rotulada como
sinal que "vai chover", já sabemos que coisa boa não é e ficamos em
dúvida… "será chuva, será gente?".
Até que acabamos por nos
identificar com os nossos nomes: eu, normalmente, não digo que tenho o nome
daquela rapariga, mas sim que ela tem o mesmo nome que eu, porque este é o meu
nome, apesar de também ser o dela. Identificamo-nos, portanto, com o nosso
nome, uma forma de nos distinguirmos, de sobressairmos na sociedade, entre
amigos e família.
Concluindo: um nome é muito
importante para nos definir, distinguir, realçar, destacar entre os demais que
nos rodeiam e que interagem na nossa teia de contactos, para nos aproximar
deles como um ser único.
Francisca Reis, 10.º CT1
Ótima reflexão!
ResponderEliminarMuito bom!
ResponderEliminarcom certeza é muito bom mesmo chamar as pessoas pelo nome. indfependente da raça, cor, religião, aparencia fisica, nacionalidade e etc. Eu gosto de chamar as pessoas pelo nome e gosto de ser chamado pelo nome. Mesmo que a pessoa goste de ser chamada por apelido eu faço questão de saber o nome da pessoa. Nota 10 para esse assunto|
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