Viagens e imagens da minha terra, 2021
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Viagens e imagens da minha terra é, mais do que um projeto, um desafio: um desafio à atenção, um desafio ao olhar, um desafio à sensibilidade, um desafio à criatividade, um desafio ao ser homem num espírito do local.
Estes desafios entroncam em conteúdos diversos, que vão desde a busca romântica da identidade, ao observador acidental e ao artista deambulante, como Garrett, Cesário, Caeiro ou Saramago (sem subestima dos demais).
Estes desafios entroncam também noutras realidades e noutros conteúdos, sejam eles naturais, arquitetónicos, humanos, artísticos…
A ideia é olhar de novo os locais e as realidades que nos cercam e que também ajudam a fazer a história de cada um; é outrossim apreciar a sua razão de ser e a sua contribuição para a dimensão do local como um todo e do homem que nele persiste.
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Primeiramente, faz-se a viagem e, através dela, vão-se realizando as imagens que nos tocam, apelando para todos os sentidos e para as emoções que delas emanam.
Depois, com todo este preparado, é só juntar palavras de autores locais, regionais (ou relacionados com a Escola), para que se permita uma (re)deambulação por um local que merece nova atenção. E assim surge mais um postal a eternizar um espaço e um tempo.
Desta vez, “contrariando” Eugénio de Andrade, olhamos para as coisas, vendo-as sob uma focalização elementar: do valor da água à beleza do céu, do ar; da importância da terra ao vigor do fogo, paradigma da construção, da busca incessante do homem. Também da cultura, portanto.
Água, terra, fogo, ar - sob o (novo) olhar dos estudantes das turmas 11.º CT1, 11.º CT3, 11.º LH2; e também do 12.º LH2, que também quis experimentar uma viagem diferente.
Assuma-se que, desta vez, a quantidade foi assinalável, o que comprova o entusiasmo e o gosto; demais, a qualidade é assaz notável, o que demonstra a emoção estética da receção e da redefinição da emissão pessoal.
Enquanto houver um espírito genuíno do local, haverá mais viagens e imagens da minha terra.
Paulo Correia de Melo
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