E assim vai Portugal...Dignidade à vida!


Segundo a notícia do PÚBLICO «Aumento dos constrangimentos nas urgências de obstetrícia preocupa peritos» (outubro de 2023), “a falta de médicos no setor de obstetrícia cria uma sobrecarga de trabalho e produz cada vez mais ansiedade nas grávidas”. Para mim, estas situações não são apenas um problema de saúde pública, mas também de respeito pelos direitos humanos e pela dignidade das parturientes.

A falta de médicos obstetras e outros profissionais na área da saúde são uma preocupação que acresce a sobrecarga de trabalho e que leva a erros médicos. Esses fatores já levaram ao encerramento de centros de urgência médica. Se não há centros de urgências, como essas mulheres em trabalho de parto podem ser atendidas? Como podem ter certeza de que terão os cuidados necessários? A resposta é: não podem!

Em Portugal, segundo a pesquisa do IMAGINE EURO (Improving Maternal Newborn Care), de 2022, “Uma em cada cinco mulheres reportou que tem perceção de que foi vítima de abusos físicos, emocionais ou verbais.” Na minha opinião, é desumano que, num momento tão delicado, uma mulher grávida não tenha a garantia de um parto seguro para a sua criança. A falta de sistemas de saúde básicos agravam a diminuição da taxa de natalidade, demonstrando a falta de humanidade com o bem-estar das pacientes.

Em suma, penso que para combater os constrangimentos nas urgências de obstetrícia precisamos de várias abordagens, como investimentos públicos contínuos no sistema de saúde e contratação de profissionais qualificados. De facto, só o compromisso com o respeito pelos direitos humanos pode reduzir os constrangimentos nas urgências de obstetrícia. E conseguinte, garantir a dignidade das parturientes e também a segurança dos seus filhos.

Sophia Spiguel Tonietti

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