A Ler
A pausa letiva chegou, finalmente! Acompanhada de sol e céu azul, ela aceita o convite para horas de prazer a ler.
A BE sugere:
1968.
Lynnie, uma jovem branca com um atraso do desenvolvimento, e Homan, um
afro-americano surdo, vivem encerrados e esquecidos numa instituição.
Profundamente apaixonados um pelo outro, fogem e refugiam-se na quinta de
Martha, uma professora reformada, agora viúva. Mas o casal não está sozinho:
Lynnie acabou de dar à luz uma menina. Quando as autoridades os encontram nessa
mesma noite, Homan consegue fugir, mas Lynnie é apanhada. Mas antes de ser
levada à força para a instituição, consegue sussurrar a Martha estas palavras:
«Esconda-a.» E é assim que tem início a viagem épica de Lynnie, Homan, Martha e
Julia, o bebé, separados por obstáculos aparentemente incontornáveis mas que
hão de vir a reunir-se por força de um pacto secreto e de um amor extraordinário.
É de Noite Que Faço as Perguntas é uma história que parte da cronologia e dos factos históricos pertencentes ao período da primeira república portuguesa para se apresentar como uma poderosa observação sobre a vida, a política e o modo como ambas se influenciam. Mergulhado num regime autocrático, de natureza indefinida, em meados do século XX, um pai tenta recuperar o filho, caído no seio do partido, escrevendo-lhe as memórias que experimentou nos anos da primeira república: tempo em que o ideal de cidadania era a participação activa e não o recolhimento sob o jugo ditatorial. Escrito por David Soares e desenhado por Jorge Coelho, João Maio Pinto, André Coelho, Daniel da Silva e Richard Câmara, É de Noite Que Faço as Perguntas é, em simultâneo, um poético fresco de época, um ensaio filosófico pungente e uma banda desenhada ímpar.
Um passado que a perseguia. Um futuro ainda por construir. E um caderno para escrever toda uma vida.
"Sou Maya Vidal, dezanove anos, sexo feminino, solteira, sem namorado por falta de oportunidade e não por esquisitice, nascida em Berkeley, Califórnia, com passaporte americano, temporariamente refugiada numa ilha no sul do mundo. Chamaram-me Maya porque a minha Nini adora a Índia e não ocorreu outro nome aos meus pais, embora tenham tido nove meses para pensar no assunto. Em hindi, Maya significa feitiço, ilusão, sonho, o que não tem nada a ver com o meu carácter. Átila teria sido mais apropriado, pois onde ponho o pé a erva não volta a crescer."
Em tempos de guerra», escreveu Winston Churchill, «a verdade é tão preciosa que deveria sempre ser acompanhada por um séquito de mentiras.» No caso das operações de contrainteligência britânicas, isto implicava encontrar um agente o mais improvável possível: um professor de História chamado Alfred Vicary, escolhido pessoalmente por Churchill para revelar um traidor extremamente perigoso, mas desconhecido. Contudo, os nazis também escolheram um agente improvável: Catherine Blake, a bela viúva de um herói de guerra, voluntária num hospital e espia nazi sob as ordens diretas de Hitler para desvendar os planos dos Aliados para o Dia D...
Então, boas leituras e bom descanso!
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