Thomas Man
... a ler
Paul
Thomas Mann nasceu a 6 de junho de 1875 em Lubeck e faleceu e 12 de agosto de
1955 em Zurich.
Em 1892, com a morte do pai, os negócios da
família foram abandonados e muda-se para
Munique, centro das artes e da literatura. Com o incentivo da mãe passa a
dedicar -se à literatura.
Em
Munique, a família instalou - se no
bairro boêmio de Schwabing, onde sua mãe oferecia saraus literários e festas em
sua casa. Em 1893 escreveu alguns textos para a revista “Der Fruhlingsturm” (
"A Tempestade de Primavera"). Nesse mesmo ano muda-se para a Itália,
para a cidade de Palestrina, onde morava seu irmão o escritor Heinrich Mann e onde
permaneceu até 1898. Nessa época começou a trabalhar no manuscrito do romance
"Buddenbrooks". De volta a Munique, trabalha como editor no jornal
satírico/humorístico “Simplicissimus”. Entra para o exército, mas arrepende-se
e consegue afastar-se alegando problemas de saúde.
Em
1900 publica sua primeira novela “Buddenbrooks”, que conta a história de uma
família protestante, de comerciantes de cereais, de Lübeck, que depois de três
gerações perde a sua fortuna. Inspirada na história de sua família relata fatos
de personalidades de sua cidade natal. Em 1905 casa-se com a judia Katia
Pringshein, filha de rico industrial, com quem teve seis filhos.
Em
1911, viaja para a cidade de Veneza e inspira-se para escrever a novela “Morte
em Veneza”(“ Der Tod in Venedig”), que concebeu em 1911. A obra foi publicada
no ano seguinte, 1912, e, embora menos diretamente autobiográfica que os “Buddenbrooks”,
“trata-se da obra mais confessional de Thomas Mann” (1912), onde relata a
paixão platónica de um escritor de meia-idade, por um jovem e belo rapaz.
Esta
obra está disponível na Biblioteca Clara Póvoa.
Em 1915 publica um ensaio sobre Friedrich II,
rei da Prússia. Em 1924 publica “A Montanha Mágica” ( “Der Zauberberg”), onde
defende os ideais democráticos de uma Europa esfacelada pela Primeira Guerra
Mundial. Esta obra também está disponível na Biblioteca Clara Póvoa.
Em 1929, Thomas Mann torna-se ainda mais
famoso, recebendo o Nobel de Literatura. O júri justifica-se aludindo a “Buddenbrooks”.
Nenhuma menção a “A Montanha Mágica,” romance em que o escritor revela
simpatias democráticas.
Emigrou
da Alemanha Nazista para Küsnacht, próximo a Zurique, Suíça,
em 1933, o ano da chegada de Hitler ao poder. Durante o regime nazista, o
jornal “Völkischer Beobachter” (“Observador Popular”) publicava as chamadas
listas de expatriados. Os nomes de Thomas Mann, sua mulher e seus filhos mais
novos constavam da lista número 7. Dos mais velhos – Erika e Klaus – já havia
sido retirada a cidadania alemã.
Após
ter perdido a nacionalidade alemã, em 2 de dezembro de 1936, Thomas Mann
permaneceu na Suíça até 1938, mudando-se então para os Estados Unidos.
Para
além do Prémio Nobel da Literatura em 1929, recebeu o Prémio Goethe (1949)
e o Prémio Antonio Feltrinelli (1952).
Luísa Torres
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