Salvador Dalí e a Pintura Surrealista
Modos de ver e ouvir
Cada mañana, cuando me
levanto, experimento
una exquisita alegría, la alegría de
ser
Salvador Dalí, y me pregunto entusiasmado ‘¿qué cosas maravillosas
logrará hoy este
Salvador Dalí?' (Salvador Dalí)
Como sabemos, a História da
Arte do século XX fala-nos em inúmeras vanguardas, numa explosão de correntes
artísticas que romperam com o tradicional e com todas as conceções da arte
levadas em conta até então. Desde os primeiros anos do século que vários
movimentos inovadores, e nem sempre vistos com bons olhos, se erguiam e
tentavam impor-se - uns conheceram uma fama mais duradoura, outros rapidamente caíram
em esquecimento. Dentro dessas vanguardas, podemos listar o Fauvismo, o
Expressionismo, o Cubismo, o Abstracionismo, o Dadaísmo, o Futurismo e, claro,
o Surrealismo, de que hoje falamos!
Esta criativa corrente
artística surgiu em Paris, no ano de 1924, através da publicação do ''Manifesto
Surrealista'' de André Breton, e estender-se-ia até ao final da Segunda Guerra
Mundial. (Pode ler-se o Manifesto aqui). Entre os principais
artistas surrealistas encontravam-se Salvador Dalí, René Magritte, Joan Miró,
Max Ernst, Yves Tanguy, André Masson e Marc Chagall.
Até então, sentia-me tentado a considerar os surrealistas, que aparentemente me escolheram como o seu santo padroeiro, como loucos por completo (digamos que a 95%, como o álcool puro). Aquele jovem espanhol, com os seus esplêndidos olhos de fanático e inegável domínio técnico, levou-me a reconsiderar a minha opinião.
Fig. 2 - Fotografia de Salvador Dalí
Dalí nasceu na cidade espanhola de Figueres em 1904, no seio de uma
família burguesa. Em 1919, entrou na Academia de Belas Artes de Madrid, onde
conhece o futuro cineasta Luis Bañuel e o poeta García Lorca (que lhe viria a
dedicar a ''Ode
a Salvador Dalí''). Em 1927, o pintor viaja até Paris, onde se
junta ao grupo surrealista liderado por Breton. Dois anos depois apaixona-se
por uma mulher, Gala, que viria a ser a sua esposa. O artista regressa a
Espanha apenas em 1948, continuando sempre a pintar, falecendo em 1989, na
cidade de Púbol.
Fig. 3 - ''A persistência da memória'', quadro de Dalí
De Dalí, além de pinturas criativas que nos fazem refletir sobre o tempo ou a morte, ficam também os relatos de uma personalidade única, peculiar e excêntrica, plena de um sentido de humor invulgar, tão inusitado como o seu modo de olhar para a vida em sociedade. Uma vez mais, parece não haver o espaço necessário para descrever, num modesto artigo de blogue, as grandes personagens que constroem a nossa História. Fica a sugestão de se perderem nas pesquisas sobre as obras deste pintor, nos seus escritos, e nas curiosas histórias da sua vida…Ana Margarida Simões, 12ºLH
Referências Bibliográficas
ArteEspaña. (s/d). Surrealismo. Pintura Surrealista. Disponível em http://www.arteespana.com/surrealismo.htm |