Os sinais de pontuação e os diacríticos fizeram uma patuscada


Certo dia, os sinais de pontuação e os diacríticos decidiram encontrar-se para fazer uma patuscada. Saíram das frases, das histórias, dos livros, de todo o lado, deixando as suas amigas frases sem o seu suporte.
Estava lá toda a gente: o Ponto de Exclamação, a alma da festa, que era extremamente sociável; o Til, um diacrítico que tem a mania que é bom, sempre a falar com a sua voz nasalada de quantos quadros e roupa de marca comprou recentemente. O Aspas também lá estava, um sinal educado e culto com inúmeros cursos, mestrados e doutoramentos, que tem sempre uma citação adequada à situação. Estavam lá todos.
Decidiram no final do almoço encontrar algum sítio onde pudessem brincar com as palavras. Olharam em redor e viram muitas pessoas a falar. Isso deu-lhes uma ideia:
- E se brincássemos um pouco com as pessoas?
Afinal, muitos deles tinham sido aprisionados numa caneta ou lápis durante tanto tempo… Por que não poderiam ter agora uma vingançazinha?
E foi assim que aconteceu. Ninguém percebia o que estava a acontecer, nada do que diziam tinha sentido.
Quando se fartaram, os sinais e os diacríticos saíram das vozes das pessoas e, depois disso, toda a gente reconheceu a importância que eles tinham na sua fala.
Bernardo Cordeiro e Tiago Alves, 10.º CT2

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