pelos caminhos das ciências...
...VIDA.
Complexidade. Desordem. Caos. Integração. Sensibilidade. Sonho. Self...
Conceito de
definição difícil, tem sido, ao longo da existência humana, motivo e alvo de
busca tão intensa quanto polémica. Têm sido inúmeros os cientistas (das
ciências exatas e das ciências humanas) a perseguir a compreensão, ao mais
ínfimo detalhe, do conteúdo holístico desse vocábulo de apenas quatro letras: V-I-D-A
Rosalind Franklin entende que "Science and everyday life cannot and should not be separated. Science, for
me, gives a partial explanation of life. In so far as it goes, it is based on
fact, experience, and experiment. . .". Rosalind foi pioneira
da Biologia Molecular, pois, através da difração dos raios X, concluiu que o DNA (ácido desoxirribonucleico, composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e alguns vírus, e cujo principal papel é armazenar informação genética) tinha forma helicoidal. Foi precioso este contributo para a compreensão da VIDA, pois permitiu que, a 7 de março de 1953, James Watson e Francis Crick tenham descoberto a estrutura da molécula do DNA, o que lhes valeu o Prémio Nobel de Fisiologia/Medicina em 1962.
Neste livro, Watson resume os principais acontecimentos que marcaram a biologia, desde os
experimentos pioneiros de Mendel e da busca pela eugenia, até às
pesquisas mais recentes sobre o funcionamento da molécula de DNA e a
intervenção genética. E mostra como a interferência no genoma de outros
organismos abre as portas não só para a biotecnologia e para o advento
dos transgénicos, mas também para a terapia génica e a medicina do
futuro e as consequentes implicações éticas.
Outras tentativas de compreensão de VIDA surgem no livro A Serpente Cósmica, o ADN e a Origem do saber.
Ao estudar a ecologia de um povo indígena da Amazónia peruana, o
antropólogo Jeremy Narby vê-se confrontado com um enigma: os índios,
cujos conhecimentos botânicos espantam os cientistas, explicam-lhe
invariavelmente que o seu saber provém das alucinações induzidas por
certas plantas.
«Eis, portanto, pessoas sem microscópios electrónicos nem formação em
bioquímica que escolhem as folhas de um arbusto entre as cerca de
oitenta mil espécies amazónicas de plantas superiores, contendo uma
hormona cerebral precisa, que combinam com uma substância que bloqueia a
acção de uma enzima precisa do aparelho digestivo, encontrada numa
liana, a fim de modificar deliberadamente o seu estado de consciência.
É como se conhecessem as propriedades moleculares das plantas e a arte de as combinar.[...]
Tal como as serpentes mitológicas, o ADN é um mestre de transformação:
as instruções contidas no ADN são responsáveis pelo ar que respiramos, a
paisagem que vemos e a espantosa diversidade dos seres vivos da qual
fazemos parte. Em quatro mil milhões de anos, o ADN desmultiplicou-se
num número incalculável de espécies diferentes, enquanto permanecia
rigorosamente o mesmo.»
O DNA desempenha um papel cada vez mais importante na sociedade e no mundo em que vivemos. Conhecêmo-lo, também, em algumas séries televisivas. Deixamos, então, uma proposta de interação com situações em que o DNA é crucial: sob a supervisão do DR. Gil Grissom aceda aqui e ajude um dos agentes CSI a desvendar um caso enigmático.
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