[revisitação de uma sentença vicentina]
“Sobre todos quantos
mestres são, a experiência dá lição”
Brio, habilidade, aptidão, destreza, perícia, esforço e
dedicação são as sete chaves que abrem a porta aos mestres para o mundo real.
Sim, real! Um mundo no qual é impossível passarem vinte e quatro horas sem que
lhes surja um problema, um obstáculo a ser superado.
Mestre que é mestre acaba a sua história vitorioso e
premiado com o orgulho em si próprio. Mas verdade é, também, que uma história
com final feliz esconde, muitas vezes, inúmeras páginas de trabalho e fadiga.
A experiência é, por isso, e para qualquer ser vivo, o
caminho para o pódio. Que gato é que consegue deliciar-se com um rato sem antes
ter perdido o rasto a muitos outros? Que pássaro voa de árvore em árvore sem
antes ter tentado bater as asas?
Não só aos animais, também a nós, seres racionais, está
imposta a experiência nas coisas mais insignificantes como cozinhar um bolo ou
resolver o problema que a professora de matemática propôs na aula.
Conscientes ou não dessa realidade, todos nós somos mestres
se apreendermos a lição que a nossa experiência nos oferece. Os erros e as
quedas que cada um de nós deu, dá e dará fazem, inevitavelmente, parte desta
aprendizagem maioritariamente individual, que nos ensina a agir perante futuras
maratonas de duzentos, trezentos ou mesmo três mil metros…
Mestres são os que, com coragem e vontade própria, absorvem
todas as gotinhas do poço de conhecimento que é a experiência.
Sara Nobre, 12.º CT1
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