[homenageando] "O cônsul desobediente"



“Não participo em chacinas, por isso desobedeço a Salazar!”
Aristides Sousa Mendes



Há pessoas que passam no mundo como cometas brilhantes, e as suas existências nunca serão esquecidas. Aristides de Sousa Mendes foi uma dessas pessoas. Cônsul brilhante, marido feliz, pai orgulhoso, teve a sua vida destruída quando, para salvar 30.000 vidas, ousou desafiar as ordens de Salazar.
Cônsul em Bordéus durante a Segunda Guerra, é procurado por milhares de refugiados para quem um visto para Portugal é a única salvação. Sem ele, morrerão às mãos dos alemães. Infelizmente, Salazar, adivinhando as enchentes nos consulados portugueses, proibira a concessão de vistos a estrangeiros de nacionalidade indefinida e judeus.
Sob os bombardeamentos alemães, espremido entre as ameaças de Salazar, as súplicas dos refugiados e sua consciência, Aristides sente-se enlouquecer. E então toma a grande decisão da sua vida: passar vistos a todos quantos os pedirem. Salvará 30.000 inocentes mas destruirá irremediavelmente a sua vida.

Hoje, 8 de novembro, esteia o filme "O cônsul de Bordéus", correalizado por Francisco Manso e João Correa, que cruza uma história de ficção, de um maestro que recua nas suas memórias a junho de 1940, quando foi um dos milhares de refugiados durante o regime nazi, com a vida real de Aristides de Sousa Mendes.

 

Uma vida, um exemplo de verticalidade, daqueles «que obrigam todos os  outros homens a reverem-se por dentro».

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