[comemorando] dia mundial da terra
Este doodle com que a Google hoje celebra o Dia Mundial da Terra é simplesmente lindo!
Todos os anos, a 22 de Abril celebra-se o Dia Mundial da
Terra.
A data foi criada em 1970, pelo senador norte-americano
Gaylord Nelson que resolveu realizar um protesto contra a poluição da Terra,
depois de verificar as consequências do desastre petrolífero de Santa Barbara,
na Califórnia, ocorrido em 1969.
Inspirado pelos protestos dos jovens norte-americanos que
contestavam a guerra, Gaylord Nelson, desenvolveu esforços para conseguir
colocar o tema da preservação da Terra na agenda política norte-americana.
A população aderiu em força à manifestação e mais de 20
milhões de americanos manifestaram-se a favor da preservação da terra e do
ambiente.
Desde essa data, no dia 22 de Abril milhões de cidadãos em
todo o mundo manifestam o seu compromisso na preservação do ambiente e da
sustentabilidade da Terra.
Uma iniciativa para nos habituar ver com outro olhar a casa que todos partilhamos e que, por isso mesmo, devemos preservar e proteger.
Talvez os olhos de Alberto Caeiro sejam um bom ponto de partida..
XXI
Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
E se a terra fosse uma coisa para trincar
Seria mais feliz um momento ...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...
Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
E se a terra fosse uma coisa para trincar
Seria mais feliz um momento ...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...
In O Guardador de Rebanhos
In Poesia
, Assírio & Alvim, ed. Fernando Cabral Martins, Richard Zenith, 2001
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