A insustentável leveza dos ideais
Dia do Holocausto - 27 de janeiro
A 1 de dezembro de 2005, a Assembleia Geral da ONU decidiu criar
um dia que evocasse as vítimas do Holocausto. Foi através da resolução 60/7 que
se determinou que a data com esse fim seria 27 de janeiro, já que no mesmo dia,
em 1945, se deu a libertação, por parte dos soviéticos, do maior campo de
concentração nazi da 2ª Guerra Mundial - o de Auschwitz-Birkenau. À luz da
decisão de fazer nascer este dia comemorativo estiveram os princípios da
Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Carta das Nações Unidas e da Convenção
Para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio.
Fig 1 - Em 2005 a ONU decidiu estipular um dia em recordação das vítimas do Holocausto |
Ainda assim, podemos salientar que mesmo antes desta ideia da
ONU já existiam outros dias nacionais de homenagem das vítimas do genocídio,
sobretudo em países europeus como a Alemanha, o Reino Unido e a Itália.
Fig. 2 - Adolph Hitler e as tropas nazis |
Foi ainda nos anos 30 do século XX, quando Adolf Hitler
subiu ao poder na Alemanha, que os judeus se tornaram ''inimigos'' do Estado
germânico, passando a ser obrigatório que andassem identificados com uma
estrela amarela, que os diferenciava do resto da população, mas foi durante o
período de guerra (1939-1945) que milhões de pessoas foram fuziladas em
diversos campos de concentração na Alemanha. O termo Holocausto refere-se
precisamente ao genocídio de milhões de judeus aquando da 2ª Guerra Mundial.
Aproximadamente 6 milhões de judeus foram mortos, devido a preconceitos étnicos
por parte do Estado Nazi. Além destes, existiram
muitos outros grupos étnicos e ideológicos que se tornaram vítimas dos
assassinatos em massa, sobretudo: homossexuais, testemunhas de Jeová, maçons,
comunistas, polacos, ciganos, e pessoas com deficiências. Milhões de seres
humanos foram mortos ''apenas'' por serem diferentes.
Fig. 3 - Vítimas num campo de concentração |
É doloroso relembrar o passado e o trágico Holocausto.
Sabemos, contudo, que ainda hoje existem partidos neo-nazis preconceituosos e
cidadãos que negam o horror do Holocausto. Por isso, foi criada uma lei
europeia, em 2007, que pune com pena de prisão quem negue o Holocausto.
Incrivelmente, já em 2006, o historiador britânico David Irving foi condenado,
na Áustria, por ter negado esta realidade.
Neste dia, recordamos os milhões de seres humanos a quem uma
guerra absurda levou a vida. Neste dia recordamos os ínfimos mas horrendos
seres humanos que não souberam tolerar e respeitar a diferença. Se não podemos
alterar os eventos do passado, cabe-nos apenas evitar que a História se repita.
Afinal, ''se a Revolução Francesa se repetisse eternamente, os historiadores
franceses sentiriam menos orgulho no seu Robespierre''[1].
Ana
Margarida Simões, 12º LH
Referências bibliográficas:
A Lista de Schindler. (s/d). Holocausto. Disponível em http://alistadeschindler.com/Holocausto
WIKIPEDIA. (31 de outubro de 2014). Holocausto. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Holocausto
United Nations. (s/d). Resolution adopted by the General
Assembly on the Holocaust Remembrance. Disponível em
http://www.un.org/en/holocaustremembrance/docs/res607.shtml
WIKIPEDIA. (7 de janeiro de 2014). Dia Internacional da
Lembrança do Holocausto. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_da_Lembran%C3%A7a_do_Holocausto
WIKIPEDIA. (31 de outubro de 2014). Holocausto. Disponível
em http://pt.wikipedia.org/wiki/Holocausto
[1] Citação retirada da obra literária ''A
insustentável leveza do ser'', da autoria de Milan Kundera.
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