A importância de chamar uma pessoa pelo seu nome
A propósito do dia do nome
Todos
merecemos um nome. As pessoas, os objetos grandes e pequenos, tudo o que é real
ou sobrenatural. Até a mais ínfima coisa do universo tem um nome, como os
átomos ou os protões.
Ter um
nome é um direito que assiste às pessoas e também às coisas. A verdadeira
importância está em ser tratado pelo nosso nome, visto que a sociedade se
tornou, lamentavelmente, numa mistura heterogénea de “doutores”, “capitães”, “professores”
e “os outros”. São estes títulos que definem o lugar de uma pessoa na
comunidade e a sua formação académica. Dito de outra forma, estes títulos são
como rótulos.
Na
minha perspectiva, é o nome que permite estabelecer um contacto próximo com as
pessoas e criar referências pessoais. Para além disto, o nome, sendo tão
importante como o cabelo, a cor dos olhos ou o tom de pele, é uma componente da
identidade da pessoa.
Há
milhares de pessoas com os mesmos nomes (próprios), mas o nosso nome é composto
por vários nomes, geralmente dos nossos antepassados. Assim, posso dizer que é
este que permite dar continuidade às famílias, visto que prevalece ao longo do
tempo e ao longo das gerações.
Sem
o nome, a pessoa torna-se como uma folha, importante para a planta enquanto
está agarrada a ela, mas, após cair, é esquecida e nada fica para fazer com que
essa pessoa, que partiu, possa prevalecer na memória das que ficaram.
A
vida, se antes era uma longa caminhada, tornou-se uma corrida, na qual o ser
humano deixou de perder tempo com as coisas que considera menos importantes,
como o nome dos outros. Talvez um dia se venha, também, a esquecer do seu.
Laura Franco, 10.º CT1
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