A Mulher da Lama de Joyce Carol Oates
Joyce Carol Oates |
Esta história que te convidamos a ler cruza,
de uma forma incrível, pesadelo com realidade. Relata um drama sobre os fortes
laços que ligam alguém a um lugar e a um passado que insiste em persistir.
Atreve-te a entrar neste enredo ao qual não conseguirás
ficar indiferente.
Uma criança é abandonada pela
mãe no leito lamacento de Black Snake River. Contra todas as expectativas, “a
menina da lama” sobrevive e é adotada por um casal de classe média que tentará
esconder para sempre essa terrível história. Mas o presente vai tornar-se
surpreendentemente vulnerável aos agentes do passado.
Meredith “M. R.” Neukirchen
será a primeira mulher a presidir a uma universidade da Ivy League. Emersa numa
carreira absorvente, num amor secreto por um homem que não define os seus
sentimentos, e preocupada com o ambiente político dos Estados Unidos em
vésperas da Guerra do Iraque, M. R. depara-se subitamente com inúmeros
desafios. Para além de ver a sua carreira em jogo, as duras marcas do passado e
o confronto com “a menina da lama” ameaçam fazer ruir todas as suas convicções.
Um romance emocionante que
explora o elevado preço do sucesso na vida de uma mulher a braços com os seus
demónios pessoais e profissionais.
Aqui te deixamos algumas
passagens do livro para que te sintas entusiasmado para a sua leitura.
“A criança estava nua dentro
da camisa de noite de papel. Sangrava do couro cabeludo, rapado à lâmina, de
uma dúzia de feridas minúsculas, a tremer e nua dentro da camisa de noite de
papel (…).”
“A primeira vez que acordou na
nova casa – na sua camita que era uma espécie de catre com um colchão plano,
(…) Jewell ouviu o Rei dos Corvos! Tinha-a seguido vindo do pântano, até àquele
local distante, entre estranhos. Não tinha esquecido a Rapariga da Lama.”
“O amante (secreto). M.R.
amá-lo-ia mais do que ele a amava porque a capacidade de amar de M.R. era maior
do que a dele. Eu consigo amar por nós os
dois.”
“Debaixo daquele sol quente de
julho, M.R. andou aos tropeções nas ruínas da casa incendiada à procura de
provas de que tinha lá vivido. (…) Sentia-se profundamente comovida. Mas não o
diria a ninguém. Pensou: E também aqui a
Rapariga da Lama foi amada.”
Boas leituras…
Adélia Maranhão
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