Origem da vida
Hoje em dia a atmosfera
nada tem que ver com a atmosfera primitiva, como provou Stanley Miller, em
1953, com a sua experiência. Nessa experiência de simulação das condições da
atmosfera primitiva, Miller obteve um líquido amarelo e verde (caldo de
aminoácidos) e provou a existência de ácidos gordos, açúcares e outros
compostos orgânicos. A experiência de Miller repetida mas com o conhecimento de
novos dados veio demonstrar que afinal a atmosfera primitiva era menos reativa
que a atmosfera de Miller. O grande problema não consiste em criar aminoácidos,
mas sim em criar as proteínas. As proteínas obtêm-se através do encadeamento de
aminoácidos encontrando-se em grande quantidade e diversidade no corpo humano.
Segundo todas as leis da probabilidade não deviam existir proteínas pois estas
são bastantes complexas.
Para a produção de
seres vivos são necessários 20, dos 22 aminoácidos naturais existentes na
Terra. As proteínas são entidades complexas vitais para a vida, para serem
úteis precisam reunir aminoácidos numa determinada sequência mas de nada serve
se esta não se conseguir copiar a si própria. Para resolver este “problema”
existe o ADN (apelidado de mágico da replicação).
As proteínas não podem
existir sem o ADN e, por sua vez, o ADN nada serve sem as proteínas. Aparecem
simultaneamente com o objetivo de se apoiarem mutuamente.
O ADN, as proteínas e
os outros componentes da vida não poderiam subsistir sem uma membrana que os
protegesse, formando células. Nenhum átomo ou molécula consegue adquirir vida
sozinho. Sem as células, as proteínas não são nada mais do que substâncias
químicas e sem químicos a célula não tem sentido.
Alguns cientistas
defendem que provavelmente existiria uma espécie de processos cumulativos de
seleção que permitiram que os aminoácidos se juntassem aos bocados.
Na realidade, as
reações químicas associadas à vida são bastante banais. Pode ser impossível
para nós (humanos) criá-la, em laboratórios mas o universo encarrega-se disso.
Na natureza poderíamos
formar um ser humano através de simples compostos orgânicos tais como: carbono,
oxigénio, hidrogénio e azoto. Como podemos observar não há nada de especial nas
substâncias de que são feitos os seres vivos.
Os monómeros não se
transformam em polímeros, exceto quando a vida foi criada. A vida terá surgido
muito cedo na Terra, tão depressa que levou os cientistas a achar que teria
sido trazido através do espaço (meteoritos). No entanto, existem diferenças
entre a vida passada e a vida atual.
A vida terá surgido há
cerca de 3.5 mil milhões de anos surgindo no mar (bactérias).
As bactérias foram
também muito importantes para a criação da fotossíntese, através da captação de
moléculas de água fixavam o carbono e libertavam oxigénio como desperdício.
As rochas da Austrália
forneceram dados muito importantes aos cientistas pois são as rochas mais
antigas que contiveram colónias de seres vivos. Estas rochas chamam-se de estromatólitos.
Os estromatólitos têm sido resistentes a todas as alterações continentais como
as tectónicas. Em suma, era a Terra mas uma Terra que não conheceríamos como
nossa.
Referências
bibliográficas
Bryson, B. (2010). Breve
História de quase tudo (4.ª ed.). Lisboa: Quetzal Editores.
Clearly, S.(2016,
agosto 30). Can Science Explain the Origin of Life? Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=fgQLyqWaCbA&feature=youtu.be
Cid, M. (s/d). Dome
shaped. Disponível em
https://stromatolites.weebly.com/uploads/2/1/4/7/21473714/8440629_orig.jpg
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