A passagem do tempo

 Um dia, vamos passar pela última vez no portão da escola.

Um dia, vamos sair de casa dos nossos pais e viver as nossas vidas.

Um dia, vamos relembrar os bons momentos que passámos ao lado dos nossos amigos da escola, apenas pelas fotografias.

O tempo não para e não podemos fazê-lo parar.

Todos nós já quisemos voltar atrás no tempo por algum motivo, fosse para reviver os melhores momentos da nossa vida, fosse para refazer uma escolha mal feita. No entanto, não conseguimos.

Todos os dias fazemos a nossa própria história. O que hoje é presente amanhã será passado.

Quando penso na palavra “tempo” aparece uma imagem na minha cabeça: uma ampulheta. Talvez para alguns de vós seja óbvio; ou talvez estejam a perguntar: por quê?

Uma ampulheta é um objeto antigo com a mesma finalidade do relógio. Quando vejo uma ampulheta, vejo a contínua passagem do tempo e, por mais que queira, só avança; não para nem recua. Penso também numa clepsidra (ou relógio de água para quem preferir). A passagem da água mostra a analogia entre o alto e o baixo, bem como a necessidade de que o fluxo ocorra constantemente.

Se estivéssemos num debate, agora poderiam contra-argumentar, dizendo, simplesmente, que podemos virar a ampulheta ao contrário.

Assim, o relógio de areia dá-nos também uma possibilidade de inversão do tempo, mas sabemos que este não volta atrás.

A maioria das pessoas não vive o presente porque tem medo do futuro, mas não é obrigatório viver apenas e sempre com as escolhas que fizemos ou que estamos a fazer. Não podemos viajar para o passado; porém, podemos tentar, ao máximo, mudar o que nos incomoda.

O tempo não vai parar. Por isso, por que não pensar na ampulheta e começar a aproveitar o presente?

Patrícia Parreira, 11.° CT3

Texto produzido na disciplina de Português, sob a orientação do professor Paulo Melo.  

 

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