À morte ninguém escapa
A aceitação da morte como destino final pode
ser uma grande motivação para todos nós, uma vez que nos faz valorizar os
momentos, as relações, as experiências e até mesmo as pequenas coisas, como um
abraço ou um simples sorriso, que, muitas vezes, na correria do dia a dia,
costumamos dar como garantidos ou acabamos por não lhes dar o devido valor.
Mas, sem a certeza de um fim, o que seria valioso?
A dor da perda é uma experiência comum, pois
todos nós já perdemos alguém especial e talvez nos tenhamos arrependido de não
ter feito ou dito algo a essa pessoa. Assim, refletir sobre a morte pode
levar-nos também a valorizar as pessoas que nos rodeiam e a dar menos
importância a questões superficiais, como disputas banais ou bens materiais,
que não definem a essência da vida e das relações humanas.
Ao aceitar que a morte é um destino comum,
encontramos liberdade para explorar a vida e a beleza que nela existe. Afinal,
viver de verdade é uma forma de desafiar a morte, sabendo que, mesmo
inevitável, ela não pode impedir-nos de viver a vida ao máximo e aproveitar
cada momento.
Mafalda Cruz
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