À morte ninguém escapa


A morte é um tema que, desde há muito tempo, fascina e aterroriza a humanidade; mas é também a certeza mais universal que todos carregamos desde o momento em que nascemos até ao momento em que partimos. Para muitos, a morte significa a passagem para outra vida, um reencontro com pessoas queridas que já partiram ou até mesmo uma forma de ultrapassar as dificuldades que enfrentamos. Para outros, representa o fim e é vista como uma barreira que nos separa do desconhecido, causando medo e ansiedade. Apesar de haver muitas questões e incertezas sobre este tema, uma coisa é certa: à morte ninguém escapa! Não há quem consiga fugir dela; não importa se somos ricos, pobres, gordos, magros, humildes ou até mesmo criminosos.

A aceitação da morte como destino final pode ser uma grande motivação para todos nós, uma vez que nos faz valorizar os momentos, as relações, as experiências e até mesmo as pequenas coisas, como um abraço ou um simples sorriso, que, muitas vezes, na correria do dia a dia, costumamos dar como garantidos ou acabamos por não lhes dar o devido valor. Mas, sem a certeza de um fim, o que seria valioso?

A dor da perda é uma experiência comum, pois todos nós já perdemos alguém especial e talvez nos tenhamos arrependido de não ter feito ou dito algo a essa pessoa. Assim, refletir sobre a morte pode levar-nos também a valorizar as pessoas que nos rodeiam e a dar menos importância a questões superficiais, como disputas banais ou bens materiais, que não definem a essência da vida e das relações humanas.

Ao aceitar que a morte é um destino comum, encontramos liberdade para explorar a vida e a beleza que nela existe. Afinal, viver de verdade é uma forma de desafiar a morte, sabendo que, mesmo inevitável, ela não pode impedir-nos de viver a vida ao máximo e aproveitar cada momento.


Mafalda Cruz


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