A insustentável leveza dos ideais

… a propósito da liberdade de expressão

O Zé

O Zé, Ser e seres de paz,
De bons modos e fazedor
De coisas, bom rapaz,
Perdera-se por amor.

Um amor sem limites
Nem restrições nem idade
Que vale por que grites
Chamado de liberdade

Um dia, desses dias
Em que as ideias voam em missivas,
Como aves rapaces, Águias
Predadoras, impetuosas e agressivas

Surgem das sombras caçadores,
Portadores de armas de toda a sorte,
Peritos em destruir os amores,
Construídos no amanhecer do leito,
E o “zé” sentiu o medo no peito
E a sombra negra da morte.

O Zé, bom rapaz fazedor,
perdendo a jovem idade,
morreu, dizem, por amor
e com ele a liberdade

Tocaram a rebate, os sinos,
Com o ribombar da emoção,
Todos em uníssono entoaram hinos,
Menos o Zé... todos não.

Fernando Catarino


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