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autores contemporâneos de língua portuguesa [José Luís Peixoto]
José Luís Peixoto nasceu em 1974, em Galveias, no concelho
de Ponte de Sor (Portalegre). Licenciou-se
em Línguas e Literaturas Modernas, na variante de Inglês /Alemão, pela
Universidade Nova de Lisboa.
José Luís Peixoto |
Publicou, durante vários anos, textos de poesia e de
prosa no suplemento DN Jovem, bem como vários conjuntos de poemas, nos cadernos Átis, e a ficção breve Morreste-me, em maio de 2000, numa
edição de autor rapidamente esgotada.
Vence, em 1997, 1998 e 2000, o Prémio Jovens Criadores do
Instituto Português da Juventude.
Ainda em 2000, publicou, na Temas&Debates, o seu
primeiro romance, Nenhum Olhar, que teve
um grande reconhecimento por parte da crítica. A sua projeção como escritor veio
a ser posteriormente confirmada com o facto de ter vencido, no ano seguinte, o
Prémio José Saramago, da Fundação Círculo de Leitores, destinado a jovens
autores. Foi considerado finalista para a atribuição de dois dos mais
importantes prémios literários desse mesmo ano: o Grande Prémio de Romance e
Novela da APE e o Prémio do Pen Club.
O livro de poesia A
Criança em Ruínas, lançado em 2001 e com edições sucessivas, constituiu um
novo êxito de público e de crítica.
O lançamento de Uma
Casa na Escuridão (romance) e de A
Casa, a Escuridão (poemas), feito em simultâneo em Outubro de 2002, é outro
marco importante no percurso do autor, pela originalidade de uma ficção e de um
livro de poemas que remetem para um mesmo universo ficcional.
Tendo representado Portugal em diversos eventos literários
internacionais (Paris, Madrid, Frankfurt, Zagreb, entre outros) foi, em 2002, o
primeiro autor português convidado para a residência de escritores na LedigHouse, em Nova Iorque.
LedigHouse |
Em 2003, explorou uma
nova área, colaborando num projeto com o grupo português de heavy-metal
Moonspell. Enquanto a banda lançava o álbum Antidote,
o escritor apresentava o livro de contos Antídoto,
inspirado nas músicas do disco.
Do trabalho de colaboração com os Moonspell, surge um disco e um livro |
Confirmando a sua versatilidade, escreveu em 2005 as peças
de teatro Anathema, que estreou em
França no Théâtre de la Bastille, de Paris, e À Manhã, estreada no Teatro São Luís. Dois anos mais tarde, de novo
no São Luís, estreou a peça Quando o
Inverno Chegar.
Fotografia de José Frade. Representação de Quando o Inverno Chegar no Teatro S. Luís |
Em 2006, regressou ao romance, com a edição de Cemitério de Pianos.
Com José Luís Peixoto, poderíamos falar de uma certa
vertigem ao nível da sua produção literária, dada a quantidade de títulos
publicados: Os Guardas do Museu de Bagdad
(2008); Cal ( 2009); Livro (2010); Gaveta de Papéis (2011); Abraço
(2011); A Mãe que Chovia (2012) e Dentro
do Segredo (2012).
A obra literária de José Luís Peixoto está publicada em vários países: Bielorrússia, Brasil, Bulgária, Croácia, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, República Checa e Turquia.
A sua obra mais recente, Dentro do Segredo, resultou da sua viagem à Coreia do Norte, um dos países mais fechados do mundo. É possível aceder a uma entrevista ao autor sobre a produção desta obra, aqui e aqui.
Paralelamente à criação literária, escreve, regularmente, para diversos órgãos de comunicação social estrangeiros e portugueses, nomeadamente para o Jornal de Letras, Artes e Ideias, a Visão e Le Monde Diplomatique.
Desenvolve também uma intensa atividade de divulgação da sua obra, o que podemos acompanhar na sua página oficial do Facebook ou na sua página Web, para além da participação em programas de televisão como Ler+ Mais, Ler Melhor.
Madalena Toscano
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