a ler... Cormac McCarthy
As Pessoas
só crescem ao ritmo a que são obrigadas.
Cormac
McCarthy
Cormac
McCarthy (Rhode Island, 20 de julho de 1933) é um escritor norte-americano.
Na juventude
serviu na Força Aérea dos Estados Unidos durante quatro anos e estudou Artes na
Universidade do Tennessee. É vencedor do National Book Award, do National Book Critics
Circle Award e do Pulitzer 2007 (o Pulitzer é um prémio norte-americano, da Universidade
de Colúmbia, outorgado a pessoas que realizem trabalhos de excelência na área do
jornalismo, literatura e composição musical).
Em 40 anos
de carreira literária, produziu nove romances, entre eles: Todos os Belos
Cavalos, A Travessia e Cidade das Planícies, que o autor batizou de Trilogia da
Fronteira. Onde os Velhos Não Têm Vez, lançado nos Estados Unidos em 2005, foi
adaptado para o cinema pelos irmãos Joel e Ethan Coen. No Country for Old Men, lançado
em 2007, foi vencedor do prémio Oscar de
melhor filme em 2008.
Fica aqui o
trailer deste filme.
Avesso a
entrevistas, Cormac McCarthy gosta de manter sua privacidade.
O escritor
tem sido comparado nos últimos anos a outros grandes nomes do romance
contemporâneo norte-americano, como Don Delillo, Philip Roth ou Thomas Pynchon.
Na
biblioteca da nossa escola podes requisitar três dos livros do autor.
A Travessia
tem por cenário os ranchos do Sul dos EUA durante os anos que antecederam a II
Guerra Mundial e narra as aventuras de Billy Parham, de dezasseis anos, e do
seu irmão mais novo, Boyd.
Fascinado
por uma ardilosa loba que tem atacado a propriedade da família, Billy captura o
animal. Mas, ao invés de o matar, parte em busca da sua origem — as montanhas
do México — com o intuito de o devolver ao seu ambiente natural.
O júri do National
Book Award considerou A travessia uma obra de estoicismo e singular beleza.
Nas Trevas
Exteriores é uma fábula que se desenrola algures em Appalachia. Uma mulher tem
um filho do seu irmão. O rapaz abandona o bebé na floresta, dizendo-lhe que
este morrera de causas naturais. Ao descobrir a mentira do irmão, ela parte
sozinha em busca do seu filho. Ambos os irmãos vagueiam separadamente pelas
zonas rurais e são aterrorizados por três estranhos, precipitando-se a história
para uma estranha e apocalíptica resolução
Ana Cristina
Leonardo, crítica literária, escreveu no Expresso que
as conotações bíblicas da obra de
McCarthy estão por demais assinaladas. A forma blasfema como transfigura
linguagem e conteúdos sagrados, denuncia, porém, um feroz pessimismo
ontológico, arredado de qualquer escatologia redentora: o Mal é uma realidade,
não uma simples ausência de Bem. Assim acontece neste título. A queda do casal
de irmãos pelo pecado do incesto traduz-se num caminho sem expiação. Culla
Holme, culpado do abandono da criança, vai semeando (involuntariamente?) um
rasto de morte à sua passagem; Rinthy, na sua quase inocência, consegue escapar
à vivência direta do inferno, para atravessar o livro num limbo de desespero
silencioso. Fantasmas andarilhos, ambos, personagens de uma estranha parábola
que, apesar da absoluta materialidade da escrita de McCarthy, surge envolta num
manto de irrealidade, são o Adão e Eva deste romance negro, tragédia anunciada
nos pequenos textos a itálico que moram entre capítulos. E depois (ou antes de
tudo) há o cego. Poderá a cegueira salvar-nos? Existirá salvação? Nas mãos do
leitor, um exemplo de genialidade literária e desassombro.
Em vésperas
de se tornar um homem casado, o Conselheiro entra de forma imprudente no mundo
do tráfico de droga, julgando que os seus atos não terão consequências. Ao
longo do arenoso terreno da fronteira entre o Texas e o México, um respeitável
advogado aposta tudo o que tem num negócio milionário de tráfico de cocaína. A
sua esperança é que se trate apenas de uma transação única e que, depois, possa
endireitar a vida ao lado da sua noiva. Mas, pelo contrário, vê-se envolvido
num jogo brutalmente perigoso — um jogo que ameaça destruir tudo e todos os que
ama.
Referências bibliográficas:
Citador
(s/d). Disponível em http://www.citador.pt/textos/as-pessoas-so-crescem-ao-ritmo-a-que-sao-obrigadas-cormac-mccarthy
Wikipedia.(2014,
dezembro 14).Cormac McCarthy. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Cormac_McCarthy.
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