Revisitando ... "Eu sou mulher"
REVISITANDO
MÁXIMAS OUVIDAS
De autoria
comunitária ou de autoria conhecida (ou nem tanto), há máximas que vão
marcando a existência do ser humano português através do tempo, mas
adaptando-se a (sempre) novas circunstâncias. Revisitá-las sob a perspetiva do
século XXI é um desafio.
Não uso saltos altos, não uso roupa curta e não tenho olhos
azuis. Uso ténis, tenho olhos castanhos, sou baixinha, tenho marcas à pedreiro,
mas sou mulher.
Faço parte de um mundo masculino, mas também faço parte de
um movimento em busca da igualdade de géneros.
Uma vez disseram-me: “tu já és mais homem do que mulher”.
Contudo, serei eu menos mulher por fazer algo que a sociedade diz ser para
homens? Ou será que a sociedade ficou parada no tempo?
Eu sou um ser humano, sou mulher; nasci para ser eu própria,
para seguir os meus sonhos, alcançar os meus objetivos. Não me importo que os
meus sonhos e os meus objetivos sejam, para a sociedade, objetivos e sonhos de
homens, porque eu vou seguir o meu próprio caminho. Nunca será por ter dois
cromossomas X que algum dia desistirei de algo, antes de chegar à meta.
Se quiser ser camionista, eu serei camionista, porque, tal
como os homens, eu sei conduzir. Se eu quiser ser futebolista, eu sê-lo-ei,
porque também sei jogar à bola. Se eu quiser divorciar-me, eu irei fazê-lo,
porque, lá por ser mulher, não tenho de viver num matrimónio infeliz. Se eu
quiser ser mãe solteira, eu também o serei, porque sou capaz de ser pai e mãe
ao mesmo tempo.
É óbvio, que por mais inovadora que seja a minha mente, a
genética de uma mulher não se altera. Eu e todas as mulheres simbolizamos o
nascimento e a fertilidade. Só nós conseguimos dar vida, criar gerações, sentir
dentro de nós um novo ser. Para mim, esta capacidade coloca a mulher num
patamar divino.
O destino de uma mulher é… ser mulher!
Soraia Silva, 12.º CT1
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