cartas de 'navegar'...
... por uma Internet mais segura
Cantanhede, 10 de fevereiro de 2014
Olá, Miguel
Hoje, senti vontade de conversar contigo. Não porque já não
o façamos há muito tempo, mas porque me lembrei do género epistolar e resolvi
escrever-te… uma carta!
Imagino o que te estará a passar pela cabeça, mas, olha,
hoje, deu-me p’raqui! E, não sei por que motivo, lembrei-me da invenção da roda
* e da sua extraordinária *«importância, não só porque promoveu uma revolução
no campo dos transportes e da comunicação, mas também porque a roda, com
diferentes modificações, passou a fazer parte de numerosos mecanismos e
contribuiu para um incrível impulso ao progresso humano». Recordo,
particularmente, a invenção do automóvel, que, ao longo da evolução que foi
sofrendo e dos benefícios que esse meio de transporte e comunicação nos tem
proporcionado, obrigou, também, ao desenvolvimento das estradas: hoje, temos
estradas e autoestradas com amplas faixas de rodagem, bons pavimentos… que
permitem uma flexibilidade e rapidez de movimentação, acesso e comunicação
impensáveis há muitos anos. Fantástico, não? Certamente que concordas comigo.
Pois bem, tudo o que acabei de dizer surgiu, porque dei
comigo a pensar noutra invenção (o Ser Humano é mesmo um irrequieto e eterno
insatisfeito, e ainda bem!): a Internet , cuja grande viragem em termos de
navegação na World Wild Web (que não é
sinónimo de Internet) ocorreu na passagem de 1989 para 1990. A partir de então,
gradualmente, mas a uma velocidade vertiginosa, passámos a ter ao nosso alcance
um veículo de comunicação incrivelmente rápido, com (auto)estradas cuja largura
de banda é cada vez maior e que nos permitem viajar facilmente por todo(s) o(s)
mundo(s). Mais ainda: cada um de nós pode viajar quando quiser, para onde / por
onde quiser, quase (sempre) gratuitamente. Fantástico, não? Certamente que,
também aqui, concordas comigo.
Ora, tudo isto me tem levado a colocar algumas questões, e
vou começar pelo automóvel (cuja evolução aposta, cada vez mais, na segurança
do(s) utilizador(es)). Tens 15 anos. Os teus pais têm dois automóveis. Tu
conduzes algum deles? Sabes fazê-lo? Os teus pais permitem que o faças? Alguém
te ensinou / já tentou ensinar-te? Sabes se há regras a respeitar na condução
deste veículo? Conhece-las?
Olha, como a carta já vai longa, hoje, fico por aqui e
espero a tua resposta. Sabes que podes fazê-lo com o meio que entenderes e
usando o género que quiseres.
Até breve!
LCM
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