Era o ponto final
Os sinais de pontuação e os
diacríticos, cansados da monotonia do papel, organizaram uma patuscada.
Enquanto combinavam, o Ponto de Interrogação começou a questionar: quando? onde?
quem faz o quê?
Logo as Reticências colocaram
reticências por recearem que as Vírgulas e os Pontos e Vírgulas separassem toda
a gente e que o Travessão ocupasse o lugar dos Parêntesis, das Vírgulas ou dos
Dois Pontos.
Estes últimos referiam dois
pontos importantes: todos contribuiriam com dinheiro e trabalho e deveriam
pensar no que se faria se chovesse ou se estivesse frio.
Ao falar-se de frio, o Trema
começou a tremer. O Til também tremia, receando constipar-se, o que o obrigaria
a ficar de serviço em todas as palavras.
Entretanto, dois acentos
desentenderam-se: um achava que as relações do grupo estavam numa crise aguda;
outro considerava a situação grave.
As Aspas procuraram uma citação
que pudesse acalmar as coisas. Elevaram a voz e disseram:
- Calma, pessoal! “A união faz a
força!”
Fez-se silêncio.
Tranquilizando-os, os Parêntesis
ofereceram-se para encerrar o frio e o Acento Circunflexo disponibilizou-se
para os abrigar, esticando-se ao máximo.
O Ponto de Exclamação, admirado,
disse:
- Ufa! Que alívio!
E ouviu-se:
- Vamos ao trabalho.
Era o Ponto Final.
Carolina Lopes e
Guilherme Madaleno, 10.º CT2
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