Saudade
Saudade, um sentimento com o qual
não temos a capacidade de lidar, algo que nos domina e passa a fazer parte de
nós, mesmo que a nossa vontade não o permita. Saudade, a dor latejante das
inevitáveis partidas.
Na minha ótica, é um sentimento
aprazível, que nos domina e nos torna mais felizes, na medida em que nos ajuda
a reviver determinados momentos da nossa vida ou até mesmo a relembrar pessoas
que, de alguma forma, nos marcaram. Simultaneamente, poderá tornar-se um
sentimento inclemente, algo que se torna difícil de suportar e de controlar, o
que acontece, muitas vezes, quando nos encontramos distantes, a todos os
níveis, de alguém que amamos incondicionalmente e não temos qualquer tipo de
meio que nos permita a aproximação, acabando por nos restar apenas as melhores
recordações.
Assim, será difícil, no universo
grandioso de que todos nós fazemos parte, conhecer alguém que não tenha perdido
o chão quando invadido por esse tal sentimento, com aparência de muralha
intransponível. Não há colete à prova de saudade nem forma de blindar a nossa
vida dos efeitos insuportáveis que causa aquilo que vai e nem sempre volta.
Porém, a saudade nua e crua é o
símbolo que todos nós possuímos alma, de que todos nós temos sentimentos e
temos, além disso, a capacidade de valorizar aqueles que connosco se cruzam e
partilham momentos e emoções.
Bruna Cardoso, 10.º CT2
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