a propósito do dia mundial da terra

 a ciência também é cultura


O Dia Mundial da Terra comemora-se, anualmente, no dia 22 de abril. Este dia foi criado por um senador americano ambientalista, Gaylord Nelson, que resolveu realizar um protesto contra a poluição na Terra, depois do desastre petrolífero de Santa Bárbara, na Califórnia, ocorrido em 1969.
“Inspirado pelos protestos dos jovens norte-americanos que contestavam a guerra, Gaylord Nelson, desenvolveu esforços para conseguir colocar o tema da preservação da Terra na agenda política norte-americana. A população aderiu em força à manifestação e mais de 20 milhões de americanos manifestaram-se a favor da preservação da terra e do ambiente (Calendarr Portugal).”


Fig.1 – Doodle criado pela Google como homenagem a este dia

Embora uma minoria não concorde, a comunidade científica tem vindo, nas últimas décadas, a alertar a Humanidade para os perigos inerentes à sua atividade: nunca os níveis de poluição atmosférica foram tão altos, a desflorestação continua a ser praticada a um ritmo galopante, os desperdícios continuam a ser colocados em aterros sanitários sem um tratamento prévio dos terrenos, os níveis de poluição no mar e a sua acidificação continuam a aumentar, o aumento da percentagem de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, está a aumentar a temperatura média da Terra, etc.. Estes são apenas os “aspetos base” decorrentes da má gestão dos recursos da Terra, mas há outros aspetos a considerar: devido à acidificação da água do mar, muitas espécies marinhas como alguns corais e algas estão a extinguir-se, afetando todas as cadeias tróficas (incluindo a nossa – se um peixe não tem alimento, não poderá reproduzir-se e servir de alimento a um ser humano); as chuvas ácidas, resultantes da acumulação de gases prejudiciais na atmosfera, estão a “queimar” florestas inteiras e a danificar muitos monumentos. 

Fig.2 – Imagem representativa da Terra da atualidade
Embora já se tenham tomado medidas como a reciclagem e a reutilização de vários produtos e de se terem assinado vários protocolos para reduzir os níveis de poluição como o protocolo de Quioto (que entrou em vigor em 2005), que supõe que “se for implementado com sucesso, estima-se que a temperatura global reduza entre 1,4°C e 5,8 °C até 2100” (Wikipedia, 2015), estas medidas não são suficientes. Devemos começar pelo básico, como o papel que atiramos para o chão sem nos apercebermos do incorreto que é ou a televisão que deixamos ligada (mesmo que esteja em stand-by) ou o ar condicionado que deixamos ligado no Inverno ou no Verão, que podia ser substituído por isolações térmicas em casa. Todas estas medidas devem ser consciencializadas e praticadas por todos, sem exceção. Depois, partimos para o geral: implementar medidas sérias para reduzir os níveis de poluição atmosférica resultantes dos transportes, optando por transportes públicos autossuficientes como os elétricos ou os movidos a hidrogénio, proteger as florestas e sancionar os que não o fazem, criar meios mais eficientes para tratar os resíduos, investigando em outros meios de reciclagem e reutilização, entre muitas outras medidas.
É preciso um esforço concertado para dar a volta à situação, já que o limite está muito perto. Segundo o Doomsday Clock, uma imagem utilizada pelos cientistas que marca os minutos para a meia-noite, que representa uma guerra nuclear, estamos a 3 minutos do limite, devido ao pouco esforço dos países. Há que mudar!


Afonso Marques, 12º CT3

Lista de referências bibliográficas:

Calendarr. (s/d). Dia mundial da Terra. Disponível em http://www.calendarr.com/portugal/dia-mundial-da-terra/
Wikipedia. (2015, março 13). Protocolo de Quioto. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto

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