Revisitando... "Melhor é merecê-los..."



“Melhor é merecê-los sem os ter

Que possuí-los sem os merecer” (Camões)



REVISITANDO MÁXIMAS OUVIDAS



De autoria comunitária ou de autoria conhecida (ou nem tanto), há máximas que vão marcando a existência do ser humano português através do tempo, mas adaptando-se a (sempre) novas circunstâncias. Revisitá-las sob a perspetiva do século XXI é um desafio.



Para termos uma vida preenchida, abundante de sentimentos e experiências, temos de ter desejos, objetivos e sonhos, querer a felicidade e não a riqueza meramente materialista.

Para isso, não podemos querer as coisas “de mão beijada”. Devemos sempre esforçar-nos para obter o que desejamos com um saudável anseio; devemos dedicar-nos “de corpo e alma”, com o máximo empenho.

De que nos serve ter algo ou ganhar alguma coisa sem sermos merecedores de tal? De que nos serve ter êxito inglório? Do meu ponto de vista, é necessário estarmos conscientes de que somos dignos do fictício prémio, para podermos saborear a vitória. É preciso trabalhar para merecer e mesmo que não atinjamos o que pretendemos, ao menos sabemos que lutámos para isso.

Comparando a vida a uma corrida, em que um atleta se sagra campeão, receber a medalha não é o importante, mas sim o caminho até lá; o prémio é meramente simbólico.

Devemos preferir a humildade à ingratidão e a modéstia, à arrogância.

Quando fazemos alguma coisa por alguém, não devemos ficar à espera de receber algo em troca, como forma de “pagamento”. Apenas devemos querer ajudar e, de certa forma, facilitar a vida dos outros. Nunca ficamos a perder; vamos ganhar, certamente, a consideração, o reconhecimento e o carinho das pessoas.

Devemos ficar sempre gratos por tudo aquilo que alcançamos; devemos valorizar sempre as nossas potencialidades e saber usá-las.

Para concluir, reforço que tudo o que conseguirmos tem de ser com o nosso esforço e trabalho árduo e vamos ter, decerto, mérito.

Sempre me disseram que “sucesso” só vem antes de “trabalho”… no dicionário.          

Mariana Guerra, 12.º CT4


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