nas páginas da história: lembrar o passado, pensar o presente
Angola [independência e guerra civil]
Com a implantação da república em Portugal (1910), a colonização
de Angola entrou numa nova fase de desenvolvimento económico. Com a
incrementação da produção e exportação de produtos, como café e cana-de-açúcar,
e o desenvolvimento da exploração petrolífera e dos minérios de ferro, este
novo ciclo económico prolongou-se até 1972. Tal desenvolvimento atraiu inúmeros
imigrantes. Em Portugal, a maioria dos emigrantes fixou-se em Angola.
Na década de 50, a questão da descolonização das colónias
africanas é incluída no plano internacional, tornando-se uma questão incontornável.
Em 1956 é publicado o primeiro manifesto do Movimento Popular de Libertação de
Angola, conhecido por MPLA.
No início da década de 60, os movimentos de libertação MPLA,
FNLA e UNITA, iniciam uma guerra contra o colonialismo português. Portugal,
ditadura desde 1926, recusa-se a dialogar e leva a guerra ao limite (guerra
colonial).
No
entanto, com golpe de estado a 25 de abril de 1974 em Portugal, e um novo
governo português, são abertas negociações com os 3 movimentos, para
implementação de um regime democrático angolano.
MPLA ou Movimento Popular de Libertação de Angola
FNLA ou Frente Nacional de Libertação de Angola
UNITA ou União Nacional para a Independência Total de Angola
Angola torna-se independente a 11 de Novembro de 1975, mas
só após a uma guerra civil entre os 3 grupos nacionalistas, pelo controle do
país e da capital, Luanda, em particular. Devido ao apoio de potências estrangeiras
a estes grupos, o conflito teve uma dimensão internacional.
Assim, a 5 de outubro de 1975 desembarcaram em Angola soldados
cubanos e armamento, organizados pela União Soviética, em apoio ao MPLA. Este controlava
na altura Luanda e outras regiões costeiras. O MPLA garantiu assim o seu
domínio neste conflito e veio, mais tarde a governar o país, apesar dos
recorrentes acordos e confrontos com a UNITA.
No meio do caos da guerra, os portugueses de Angola, apelidados
de “retornados”, foram trazidos para Portugal em pontes aéreas e marítimas (1974-1975),
junto com os quais chegaram também os refugiados. Outros houve que chegaram
ainda mais tarde.
Páginas eletrónicas consultadas entre 29.10.2013 e
4.11.2013:
Cassandra Souto Moniz, 12º LH
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