Fernando Pessoa

a propósito dos 78 anos da morte de Fernando Pessoa



Como sabemos, Fernando Pessoa foi um dos impulsionadores do modernismo em Portugal, deixando um enorme contributo à literatura portuguesa. Porém, há curiosidades sobre a vida deste poeta das quais nem todos têm conhecimento. Por exemplo, alguém sabia que este autor se interessava por assuntos como teologia, astrologia, magia negra, e outras matérias diversas? É verdade.



Desde pequeno, Fernando Pessoa sempre se interessou pela escrita. Aos 6 anos criou o seu primeiro heterónimo, “Chevalier de Pas”, com quem trocava cartas. Viveu na África do Sul onde teve uma infância recatada, pois preferia ficar em casa a estudar autores como Shakespeare, Dickens e Newton, em vez de sair e fazer exercício físico.




Já na adolescência, ambicionou estudar em Cambridge ou Oxford, o que lhe foi negado por ter passado um ano em Portugal com a família, não respeitando assim a condição de ter estudado nos quatro anos antecessores numa escola inglesa. Dado que não conseguiu entrar em nenhuma destas universidades, veio para Portugal e estudou durante dois anos na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Porém, para Pessoa, os estudos não eram suficientemente desafiantes, razão pela qual não obteve sucesso algum nesses dois anos.

Fernando Pessoa trabalhou como empregado de escritório, técnico comercial e tradutor, e foi no âmbito de um destes empregos que inventou a tão conhecida e utilizada expressão “Primeiro estranha-se, depois entranha-se.”, para o anúncio da Coca-Cola, aquando da sua entrada em Portugal. Apesar do seu rendimento acima da média, foram muitas as vezes que o poeta pediu dinheiro emprestado e contraiu dívidas, pois gastava o seu dinheiro em bebida, tabaco, boas roupas e livros importados do estrangeiro.

Durante a sua vida, mudou de casa inúmeras vezes, fazendo-se acompanhar de uma arca onde guardava o que escrevia e onde foram encontrados cerca de 25.000 papéis. Gostava de escrever de pé e durante a noite, escrevendo em todo o tipo de folhas, como por impulso.

Da sua vida amorosa apenas se conheceu uma relação com Ofélia Queirós, que durou 8 meses.

Quando confrontado com o facto de “beber como uma esponja”, Fernando Pessoa brincou, dizendo: “Eu não bebo como uma esponja, bebo como um armazém de esponjas com anexos ao lado”.


Apesar do esforço, conseguiu apenas publicar uma das suas obras, a “Mensagem”, um ano antes da sua morte, com a qual, em vida, apenas ganhou um prémio de segunda categoria.
Fernando Pessoa morreu sozinho, no hospital, com 47 anos, e as últimas palavras que escreveu foram, em inglês, “I know not what tomorrow will bring.” (“Não sei o que o amanhã trará.”).
Ana Varandas, 12º LH

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