a insustentável leveza dos ideais…
a propósito do dia internacional das migrações
Os media
informam-nos, quase todos os dias, de datas festivas a comemorar. Há dias
dedicados a tudo (é a mãe, o pai, a mulher, a criança, os namorados, os amigo,
os avós, a televisão, a água, o mar, o ambiente, a Filosofia, Portugal…). Pois
bem, este infindável lista conta também com o Dia Internacional das Migrações,
comemorado hoje, a 18 de dezembro.
Às vezes penso a que propósito se instituiu um dia para
quase todas as coisas do mundo… Afinal, são vários os temas que nos devem
preocupar (desde os problemas de ordem natural, aos fatores de risco social e
humano). Porém, não seria suposto lembrarmos todos os dias esses exemplos? Não
deveríamos aproveitar cada momento para dizer à nossa mãe como ela é especial,
ou agir de forma ética perante o meio ambiente? E não deveríamos, também,
colocar em debate a questão das migrações?
Após as vagas de emigração do século XX, no ano 2000, a
Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 18 de dezembro como o Dia
Internacional das Migrações, uma vez que em 1990, no mesmo dia, havia sido
adotada uma Convenção Internacional que visava proteger os direitos de todos os
trabalhadores migrantes e dos membros das suas famílias.
Fig. 1 - Mapa sobre os fluxos migratórios do final do século XX |
Há, atualmente, 232 milhões de seres humanos que vivem fora
do país que os viu nascer. O que significa isto para as diversas sociedades?
Até que ponto é que um Estado democrático e igualitário deve aprovar a entrada
de migrantes de vários países? Em que condições viverão esses seres humanos?
Deverão ter os mesmos estatutos que os outros cidadãos? Que efeitos têm os
fenómenos de migrações nas culturas do mundo? Até onde se pode levar o conceito
de Globalização? Que riscos e consequências? Que mundo estamos a criar?
São inúmeras as questões que se levantam, e que exigem a
pesquisa de alguma informação sobre a legislação já existente, sobre a
diplomacia, o direito internacional, entre outros. As respostas não são fáceis
de alcançar, mas há problemas à espera de (re)solução. Teremos criadas bases
éticas sustentadas que permitam um mundo melhor para os migrantes, mas que
garanta a preservação da diversidade cultural nos países de chegada?
Ana
Margarida Simões, 12ºLH
Referências bibliográficas:
United
Nations. (s/d). International Migrants
Day. Disponível em: http://www.un.org/en/events/migrantsday/