um conto por dia...
... nem sabe o bem que lhe fazia!
O conto é uma narrativa de curta dimensão, cuja ação nos prende pela precipitação rápida para o final, normalmente inesperado. E, por ser conciso, facilmente nos envolve na trama em que enreda as personagens, sem grandes dispersões de espaço ou tempo e centrando-se na mensagem que nos quer transmitir.
«Havia dois meses que se encontravam
com crescente frequência. No caso dela isso implicava um grande esforço
logístico, pois tinha dois filhos pequenos. Ainda não era o tempo dos
computadores nem da internet nem do facebook, mas já então virara moda o
divórcio com as crianças ainda pequenas. As teorias variavam: a crise dos
dois anos, a crise dos cinco anos, a crise dos... Uma análise comezinha à realidade provaria, suponho, que a crise é permanente. Sempre foi mais
fácil destruir do que construir. Criticar do que fazer. Ou falhar
uma promessa — “amar-te-ei para sempre” — do que levar a bom porto essa
ingénua jura. Um dos muitos encantos de Carolina era a franqueza. Um par
de vezes tomara ela própria a iniciativa e convidara Artur a sair.
Mostrando assim, com frontalidade, o seu interesse por ele. Mais frontal
só esfregando o fio dental no focinho dele. Só que, à época, fio dental
era apenas um cordão para limpar os dentes.»
O conto é uma narrativa de curta dimensão, cuja ação nos prende pela precipitação rápida para o final, normalmente inesperado. E, por ser conciso, facilmente nos envolve na trama em que enreda as personagens, sem grandes dispersões de espaço ou tempo e centrando-se na mensagem que nos quer transmitir.
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A história decorre nos anos 80. Um narrador
improvável. Um restaurante ao lado de uma sala de cinema. Ele, Artur. Ela,
Carolina. Cannelloni e lasagna. Romance anunciado? Já agora, também a vida.
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