um conto por dia...

... nem sabe o bem que lhe fazia!

       O conto é uma narrativa de curta dimensão, cuja ação nos prende pela precipitação rápida para o final, normalmente inesperado. E, por ser conciso, facilmente nos envolve na trama em que enreda as personagens, sem grandes dispersões de espaço ou tempo e centrando-se na mensagem que nos quer transmitir.




         «O dia em que o vi pela primeira vez começou, então, como outro dia qualquer. [...]
        Lembro-me de estar sentada com ele no café, ao fim daquela manhã, e de esta pergunta absurda não me sair da cabeça. When’s Bangladesh going to disappear? Não disse, no entanto, uma palavra sobre o Bangladesh durante todo o encontro. O que nos passa pela cabeça é quase sempre inconfessável. When’s Bangladesh going to disappear?  [...] Tínhamos combinado encontrar-nos às 10:30. Eu iria ter ao trabalho dele e depois tomaríamos um café. Gosto de conhecer pessoas. Não tenho a nossa espécie em grande conta mas gosto de conhecer pessoas. Apesar disso não é meu hábito encontrar-me com desconhecidos que me contactam a propósito do meu trabalho. Há sempre demasiada formalidade mesmo quando o fazem, como ele fez, através do facebook. Cria-se um constrangimento que afasta a possibilidade de qualquer encontro. No caso dele não foi assim e até fui eu que propus o encontro. Ele era um homem bonito mas não foi isso que me levou a convidá-lo para tomar um café. Marquei o encontro por curiosidade, a eterna curiosidade. Queria saber se ele era o Machina ex Deus.»

          Uma mulher tem um encontro marcado com um desconhecido. O desconhecido tem sempre tanto de sedutor quanto de ameaçador. Que fazer? A mulher demora-se, frente ao computador. Atrasa-se. Talvez se afunde nos abismos que um psicólogo garantiu existirem no seu interior. Talvez se perca no outro lado do mundo, em Bangladesh, onde nunca faz frio. Ou talvez, ainda, se entregue nos braços de Machina ex Deus

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